Vitória açoriana

Isto é o título

As estações de televisão têm deveres impostos pela lei.

A RTP está vinculada a prestar um serviço público. Ao nível da informação deve ser rigorosa, isenta, independente, pluralista; uma referência em termos de qualidade, credibilidade e confiança. Quando tal não acontece, os portugueses têm o direito e o dever de o denunciar nas entidades públicas fiscalizadoras. É a televisão de todos nós, para além das receitas de publicidade paga pelos nossos impostos.

As obrigações dos canais privados resultam das licenças de concessão.  Num ambiente de concorrência, é uma realidade evidente a preocupação dominante pela obtenção de maiores audiências, frequentemente obtidas em nichos de público pouco exigente.

A RTP tem um dever de diferenciação e obrigações específicas para garantir a promoção do saber, o realce dos valores da cidadania e a protecção da língua e da cultura portuguesas. Deve fazê-lo produzindo e divulgando programas culturais diversificados e de valor; e até o entretenimento deve ser de qualidade. Isto não se alcança só com um canal, um ou outro programa; tem de constituir a orientação geral e permanente.

Os programas da RTP1 habitualmente distinguem-se clara e positivamente dos difundidos pelos canais privados portugueses. Contribuem para mostrar a diversidade de Portugal, a sua valia natural, paisagística, ambiental, arquitectónica e artística. Ajudam a divulgar o património social, histórico, cultural e imaterial. Tudo isso contribui para uma cidadania responsável, activa na conservação dos valores naturais e dos edificados e na manutenção das artes e tradições marcantes e distintivas da cultura portuguesa. Em minha opinião habitualmente cumprem a lei.

“Cantares ao desafio” foi um dos bons exemplos, em meses de sucessivas apresentações, com duplas concorrentes do Continente, Madeira e Açores. Arte e tradição ancestrais, características poéticas e musicais muito distintas. Temáticas variadas e desafiadoras da admirável capacidade de improviso. Tudo propagado em Portugal e fora.

A dupla Vasco Daniel e Paulo Miranda foi a vencedora nacional, por mérito, com votos de todo o país. União de cantadores: um da Terceira, outro de S. Miguel; e destas ilhas também os dois tocadores. Vincaram a postura açoriana de respeito e sã convivência com todos os concorrentes, em muitas eliminatórias. E aproveitaram também para divulgar artigos de produção açoriana.

Na final mostrou-se uma variedade enorme de produtos de gastronomia e bebidas de todas as ilhas.

Uma vitória dos Açores.

O Autor escreve de acordo com a antiga ortografia.

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Crónicas Geral Sociedade

Flores, 20 anos depois

Flores, 20 anos depois No dia em que escrevo, completam-se vinte anos desde que cheguei às Flores. Vinte e cinco horas de viagem no Golfinho Azul, partindo da Praia da Vitória, passando por Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. No porão ia o meu Suzuki Samurai, carregado até mais não com coisas que achei essenciais. […]

LER MAIS
Crónica da Fajãzinha Crónicas

“Crónica da Fajãzinha #11”

José Fernandes, Maria Avelar,Jacinto Avelar, Maria Fortuna, Francisco Fortuna, António Custódio, Fátima Custódio, Verónica Eduardo, Manuel Furtado, Rafaela Furtado, Ema Furtado, Lúcia Custódio, Armando Custódio, Lurdes Henriques, Maria P. Eduardo, Ana Silveira, Maria Olívia Corvelo, José Henriques Custódio, Sidónia Cordeiro, José A. C. Freitas, Nélia Freitas, Joana Freitas, Isilda Corvelo, Maria Corvelo, Serafina Eduardo, António […]

LER MAIS
Crónicas Histórias das minhas gentes

“Histórias das Minhas Gentes #47”

Duas histórias. Duas notas. Uma de 20 escudos, outra de mil escudos. Ainda morava na casa velhinha e a minha mãe parou na casa dos meus avós para nos levar para casa. Vinha exausta de assentar blocos na casa nova junto com o meu pai. Confiou-me uma nota de vinte escudos e disse: Maria, vai […]

LER MAIS