Futuro melhor exige racionalidade e intervenção

Isto é o título

Estamos a transmitir e receber os melhores votos para o ano novo. Não se trata de uma simples rotina: sabemos da nossa sinceridade; acreditamos na generosidade dos outros. Ditos ou escritos, são palavras. Para os desejos se concretizarem são necessários gestos, nossos e de quantos nos rodeiam; não só agora, mas todo o ano. Nem o “Ano novo, vida nova” leva a nada, sem acção e determinação.

«Que 2021 seja melhor que este», insiste-se.  Mas temos receios e esperanças, nos vários domínios da vida.

A área social é uma delas. Temos esperança na vacina e no sucesso da luta contra a Covid. Mas impõe-se bom senso. Há muitas pessoas que estão e continuarão em dificuldade. Quem precisa deve agir com verdade, ou ser auxiliado a intervir com nexo. Exige-se compreensão e lucidez na ajuda de quem deve e de quem pode.  O facto de uns se sentirem bem, não os dispensa de reivindicar para quem precisa.

Urge mitigar já os efeitos da crise económica e invertê-la depois. Os paliativos não curam e as soluções eficazes começam na boa recolha de informação, passam pela ponderação e capacidade de raciocinar e acabam nas decisões inteligentes.

Há fortes apreensões políticas. O Governo nacional está em perda. Há declarações patéticas. Há ministros desacreditados, sustentados pela fidelidade ao 1.º Ministro, também ele a desgastar-se. A estabilidade política deveria ser suportada pelo interesse nacional e não mantida pelo medo de penalização partidária. Que se não queira eliminar os críticos; é mais sensato eliminar os fundamentos das críticas.

O Governo Regional está a montar a sua máquina, que é grande; e pode não ser grande coisa, se as escolhas de responsáveis regionais ou de ilha forem por partido e não por critério de competência. O já evidente desequilíbrio de forças e poderes intragovernamentais não é bom presságio e ameaça a eficiência. Só o discernimento e a coerência podem produzir boas propostas de Plano e Orçamento; e bom governo.

Na República continuamos a não ter, e nos Açores ainda não temos, bons motivos para confiar na sensatez dos deputados e na congruência exigível em representação dos eleitores.

É desafiadora a procura de um futuro melhor. É estimulante a superação dos desafios. É espectável a racionalidade de todos; principalmente daqueles a quem foi confiada maior responsabilidade. Mas cada um de nós tem o direito e o dever de compreender, de participar, de tomar parte, intervindo activamente e julgando. Por um bom 2021 e por um futuro melhor: com a ajuda de Deus, fonte de esperança.

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

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