Cooperação para melhor exercer e desenvolver

Isto é o título

Dois terços das ilhas dos Açores têm mais de um concelho e oito das nove ilhas têm muitas freguesias, algumas muito pequenas em população e território. As competências e obrigações das autarquias locais têm aumentado e os recursos financeiros e técnicos de muitas delas são extremamente limitados.

As autarquias vivem isoladas e por vezes até em ambiente de rivalidade pouco saudável com as mais próximas. A colaboração entre autarquias é frequentemente insipiente, à excepção dos acordos realizados entre municípios com freguesias concelhias. Não se têm evidenciado acordos de cooperação entre uns e outros municípios, ou entre freguesias, apesar de terem as mesmas competências e as mesmas atribuições, com a única diferença de exercerem em territórios diferentes.

As autarquias próximas prosseguem os mesmos objectivos e visam satisfazer interesses públicos, cuja concretização é igualmente desejada pelo conjunto dos munícipes. Frequentemente está em causa a defesa da realidade ilha. O estabelecimento de mecanismos de cooperação em determinadas áreas, a escolher e estabelecer pelos municípios ou freguesias cooperantes, contém a virtualidade de com eficiência gerar resultados eficazes, nomeadamente produzindo ganhos de poupança de recursos financeiros, importantes para responder a determinadas carências.

A cooperação não deve ser vista como uma perda de autonomia, pois a respectiva celebração é também um acto de exercício voluntário de poder. Unir esforços e congregar meios para responder melhor às necessidades, ou abrir caminho para mais altos estádios de desenvolvimento, não só significa boa gestão, como dignifica quantos foram capazes de entender e de levar à prática.

Cada autarquia deveria ter a capacidade e a honestidade, a sinceridade e a vontade de reconhecer as suas limitações e ou insuficiências, elencando-as e sem desconfiança partindo para o estabelecimento de acordos, seja através da constituição de associação ou outros meios legais e eficazes.

Há um largo campo de actuação onde a cooperação certamente traria ganhos na qualidade técnica e de eficiência na prestação de serviço, bem como melhor aproveitamento dos recursos. Só a título exemplificativo poderiam citar-se: serviço de fornecimento de água, serviço de recolha de lixos, parque comum de algumas máquinas e viaturas para serviços especiais, oficina especializada para assistência a máquinas e viaturas, gabinetes técnicos especializados nalgumas áreas.

Esta é a última partilha sobre autarquias. Agora vem o tempo dos candidatos.

Artigo publicado no site igrejaacores.pt

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

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