Potencialidade dos jovens

Isto é o título

Os governos gabam-se de a qualificação académica dos portugueses ser hoje muito mais elevada. Obviamente o mérito tem de ser repartido e inclui estabelecimentos de ensino a todos os níveis, o empenho das famílias, a aspiração e trabalho dos próprios jovens.

Os conhecimentos transmitidos e o grau académico concedido valem se conferiram aos jovens uma formação para o presente e uma preparação para o futuro. Retenhamos de Franklin Roosevelt: “Nem sempre podemos construir o futuro para a nossa juventude, mas podemos construir a nossa juventude para o futuro”. É preciso investir em meios e agentes qualificados; e para o fazer bem é preciso saber.

Os jovens têm de ser actores activos na transformação, mas esta só se faz de forma consolidada tendo em conta os ensinamentos do passado, estes alicerçados na ponderação das vitórias e dos erros. Na realidade, tal como na poesia da canção, “o mundo pula e avança”; e ficaremos permanentemente perante novos desafios: novas oportunidades, novos riscos. Talvez alguns currículos não estiveram orientados para as necessidades do presente. Pior ainda quando os jovens formados em áreas específicas são obrigados a exercer em actividades completamente diversas.

Os jovens têm não só o direito, como o dever, de intervir, de forma cada vez mais decisiva, nas diversas áreas: social, cultural, política, económica. É, todavia, destituída de sentido, sem o menor proveito e até ofensiva a atitude arrogante de alguns jovens, seja na sociedade, na política ou nas empresas e o olhar sobranceiro sobre quem construiu o passado e legou a herança. A história é a mestra da vida: há que interpretar o passado e reinventar o futuro.

A motivação dos jovens tem de cruzar-se com competência. A educação deve rimar com actuação. Projectos realistas baseiam-se na proficiência e só desses resultam progressos reais.

Os jovens, obviamente, não podem permanecer sentados na comodidade da espera, ou obscurecidos pela luz deslumbrante duma vã esperança prometida pelos praticantes da política tradicional. Porém, a frequente cooptação de alguns jovens para da política fazerem o primeiro e único emprego, serem seguidores da voz do chefe, colaborantes das práticas de compadrio e proteccionismo, levam à resistência de participação dos leais à pureza dos valores e princípios.

Deseja-se e espera-se dos jovens inovadora iniciativa empreendedora, mais participação cívica e maior responsabilidade social. Para contar com a potencialidade dos jovens na política, os melhores exigem transparência.

Artigo publicado no site igrejaacores.pt

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

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