Eles estão na porta do Tribunal

Isto é o título

Por estes dias os partidos políticos e coligações apresentaram as listas concorrentes aos órgãos representativos das autarquias locais. São as assembleias e câmaras municipais, as assembleias e juntas de freguesia, que visam a prossecução de interesses próprios das populações respectivas.

É tempo de conhecer as pessoas integrantes das listas. Seja pequena ou grande a freguesia ou o concelho, importa perceber quem são os candidatos. Indagar não só a identidade, mas outros dados, como seja o perfil profissional, a idade, a zona onde residem. Também averiguar qual o percurso desses cidadãos ao longo da sua vida, principalmente o seu envolvimento e ou empenhamento nas causas políticas e sociais, bem como entender qual tem sido o grau de disponibilidade e empenhamento deles nas instituições e colectividades locais. São apreciações essenciais para prever e avaliar qual será o grau de eficiência quando eleitos. Não é apenas um direito, como um dever, para poder votar conscientemente.

Tem sempre importância a ideologia política, frequentemente muito difícil de descortinar nas coligações; todavia parece pacífica, tratando-se de poder local, a relevância das pessoas sobre a ideologia, a avaliar pela experiência de muitos anos e territórios.

Quem não é virtuoso na vida profissional e social, nem no serviço à comunidade, não o será no desempenho político. É mais fácil de avaliar quem está no poder e se recandidata; não pelo que deu, mas pela forma como serviu.

Não se tenha pejo de averiguar a qualidade dos candidatos, pois, conforme o ditado, se eles não queriam ser lobos, não lhe vestissem a pele. É perfeitamente legítimo perguntar directamente a cada candidato a razão pela qual desejam ser autarcas, ou o motivo para aceitarem um convite para integrar as listas, pois uma e outra situação, embora ambas legítimas, são absolutamente distintas. Escrutine-se para esmiuçar a agonia de não largar o poder, ou a ânsia de a ele querer ascender. Perceba-se se essa disponibilidade seria igual para cargos nas instituições e colectividades locais onde há muito trabalho sem receber dinheiro.

Os nomes dos candidatos estão afixados nas portas dos tribunais, não por aqueles cidadãos serem procurados pela justiça. Antes pelo contrário é um sinal salutar da disponibilidade; seja ela para servir. Todavia todos eles deverão estar conscientes dos deveres de cumprimento integral das leis aplicáveis e das penas decorrentes da falta de cumprimento.

Por ora avaliem-se os candidatos; depois virão os programas eleitorais.

Artigo publicado no site igrejaacores.pt

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

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