Contabilidade para a gestão

Isto é o título

Os meios de comunicação social trazem-nos, diariamente, notícias alarmantes sobre a crise económica. É uma calamidade que molesta empresários, afecta trabalhadores e gera dramas familiares. Enfraquece os poderes públicos pelos impostos perdidos e pelos apoios extraordinários dispensados.

O tecido económico, principalmente nas pequenas ilhas, é exclusivamente formado por empresas de pequena dimensão, mas ainda assim muitas delas são fundamentais no serviço à comunidade e para a manutenção de postos de trabalho. Os apoios financeiros são importantes para atenuar a crise, podem até ser essenciais, porém as boas medidas de gestão são fundamentais.

Nos bons tempos até os empresários sem qualquer preparação conseguiam ganhar dinheiro com uma simples ideia, bom senso e algum esforço. A época difícil vai servir para expor fragilidades antigas.

Há empresas nas nossas terras tidas por grandes, só pela variedade de actividades, ou pelo número de trabalhadores. Essas e outras, pela sua natureza ou volume de negócios são obrigadas a possuir contabilidade organizada, certificada por um técnico oficial de contas, o qual, por princípio, garante a fidelidade de todas as operações contabilísticas, mantém a escrita em dia e fecha as contas anuais para apresentação ao fisco.

Ditosamente há gestores «licenciados» pela experiência em serviço. Infelizmente há empresários que não recebem os balancetes mensais da contabilidade, nem exigem a sua entrega, ou, se os recebem não olham para eles, ou não sabem retirar deles a informação indispensável para as medidas de gestão. E o mesmo se poderá dizer quanto ao apuramento anual de resultados! Será admissível alguns não estarem preparados para o fazer, mas então teria de haver alguém honesto e capacitado para essa função permanente: desejavelmente no quadro da empresa, ou contratado para uma prestação de serviço especializada e regular. Uma contabilidade oficial não pode existir apenas para satisfazer as Finanças! Só uma leitura atenta de todas as contas (rendimentos, gastos, meios financeiros e outras) permite aos gestores tomar medidas capazes em cada um dos sectores de actividade, para potenciar os resultados líquidos e decidir investimentos.

Há empresas com uma boa rede informática, todavia nem isso evita sequer a rotura de stocks! Importa valorar as potencialidades de pessoas e equipamentos e aproveitá-las para gerir melhor. Empresários, associações empresariais e governos não podem esquecer o ensinamento: em vez de dar o peixe, é melhor ensinar a pescar.

Perfil do Autor

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura.
Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores.
Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores.
Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta.
Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional.
Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Renato Moura

José Renato Medina Moura, mais conhecido por Renato Moura. Nasceu na Horta, em 30 de Julho de 1949, mas sempre residiu nas Flores, onde foi chefe da Repartição de Finanças de Santa Cruz das Flores. Foi eleito deputado regional pelo PSD nas I, II, III e IV Legislaturas da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, tendo cumprido o último ano e meio de mandato como deputado independente. Foi presidente de diversas comissões parlamentares e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD. Representou os Açores na Comissão Luso-francesa. Foi Presidente da Comissão Administrativa da Federação dos Municípios da Ilha das Flores e da Assembleia Municipal de Santa Cruz das Flores. Foi Presidente da Comissão Diretiva Regional do CDS-PP e Vice-presidente do Partido nos Açores e membro eleito por este partido na Assembleia Municipal da Horta. Foi Diretor do Jornal “AS FLORES” durante mais de 32 anos e há mais de uma dezena de anos que é cronista com colaboração regular na imprensa regional. Foi presidente de várias coletividades desportivas, recreativas, culturais e sociais.

Crónicas Geral Sociedade

Flores, 20 anos depois

Flores, 20 anos depois No dia em que escrevo, completam-se vinte anos desde que cheguei às Flores. Vinte e cinco horas de viagem no Golfinho Azul, partindo da Praia da Vitória, passando por Graciosa, São Jorge, Pico e Faial. No porão ia o meu Suzuki Samurai, carregado até mais não com coisas que achei essenciais. […]

LER MAIS
Crónica da Fajãzinha Crónicas

“Crónica da Fajãzinha #11”

José Fernandes, Maria Avelar,Jacinto Avelar, Maria Fortuna, Francisco Fortuna, António Custódio, Fátima Custódio, Verónica Eduardo, Manuel Furtado, Rafaela Furtado, Ema Furtado, Lúcia Custódio, Armando Custódio, Lurdes Henriques, Maria P. Eduardo, Ana Silveira, Maria Olívia Corvelo, José Henriques Custódio, Sidónia Cordeiro, José A. C. Freitas, Nélia Freitas, Joana Freitas, Isilda Corvelo, Maria Corvelo, Serafina Eduardo, António […]

LER MAIS
Crónicas Histórias das minhas gentes

“Histórias das Minhas Gentes #47”

Duas histórias. Duas notas. Uma de 20 escudos, outra de mil escudos. Ainda morava na casa velhinha e a minha mãe parou na casa dos meus avós para nos levar para casa. Vinha exausta de assentar blocos na casa nova junto com o meu pai. Confiou-me uma nota de vinte escudos e disse: Maria, vai […]

LER MAIS