Hoje estamos tão habituados a falar com os pais, avós, filhos, amigos, longe ou perto, todos os dias, graças ao sem fim de novas tecnologias que existem. Eu ainda me lembro de haver o posto telefónico publico em Ponta Delgada. O primeiro que me lembro era na loja do sr. Francisco Raulino. Tínhamos que lhe pedir autorização para entrar no interior da loja porque a instalação ficava numa espécie de mini escritório que ele tinha. Basicamente era uma mesa e o telefone com o contador de impulsos. Uma chamada telefónica para outra ilha era cara e uma internacional só num caso muito especial mesmo! E o coração saltava a cada impulso que caía a uma velocidade extraordinária que nos fazia temer a conta final a pagar. Recordo me também de ir a casa da sra. Fátima. Era um espaço mais privado, uma pequena sala onde a senhora nos deixava sozinhos a utilizar o equipamento.
Imaginem como andava o coração de uma mãe que mandava aos 15 anos de idade um filho para outra ilha estudar, podendo apenas uma vez por semana ou menos ainda ir ao posto telefónico ligar lhe.
Um familiar a sair da ilha para uma consulta ou uma cirurgia sem poder dar notícias aos seus.
Um casal de namorados separados pelo oceano, como conseguia manter a chama?
Somos ainda uma ilha, mas cheia de pontes tecnológicas que nos unem entre nós e com o exterior. É muito importante a comunicação para uma sociedade evoluir!