Submarinos U-boots e as correntes de Gibraltar

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A densidade dos oceanos depende principalmente de duas variáveis: a temperatura da água do mar e a salinidade. Por sua vez, a temperatura da água do mar depende do calor à superfície enquanto que a salinidade depende da precipitação e da evaporação. Ou seja, uma região do oceano sobre o qual chova com muita frequência tem níveis de salinidade mais baixos ao invés de uma onde precipite pouco e haja muita evaporação.

A força da gravidade age sobre as diferentes densidades dos oceanos sendo um dos responsáveis pelas correntes (os outros são os ventos e a rotação da terra).

Devido a ser circundado por terra e a ter uma alta taxa de evaporação relativamente à precipitação que sobre ele cai, o Mar Mediterrâneo tem uma densidade mais elevada e a sua água é mais salgada, apesar de mais quente, que o Oceano Atlântico.

O Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo comunicam através do estreito de Gibraltar, com a entrada de uma corrente de água superficial, menos densa, proveniente do Atlântico e no sentido inverso, abandonando a bacia do Mediterrâneo, segue uma corrente mais profunda, mais densa e mais salgada…

Com estes conhecimentos da oceanografia do estreito, capitães de submarinos alemães adoptaram procedimentos de forma a obter vantagem na prossecução das suas missões.

Assim, durante a II Guerra Mundial, e apesar de os ingleses terem montado uma estação de escuta SONAR em Gibraltar para “ouvir” os motores dos submarinos durante a passagem detectando-os e localizando-os, os capitães alemães desciam aos 100 metros de profundidade e desligavam os motores deixando o submarino seguir de forma oculta e silenciosa com a corrente atlântica, voltando a ligá-los já em pleno mediterrâneo onde prosseguiam para os seus alvos. De regresso, submergiam um pouco mais até perto dos 300m de profundidade desligando novamente os motores, onde silenciosamente e à boleia da corrente mediterrânea seguiam em direcção ao Oceano Atlântico.

Perfil do Autor

Nasceu em Santa Cruz das Flores, em 1979. Prossegue os estudos do secundário em S. Miguel onde frequentou, em simultâneo, o Conservatório Regional de Música de Ponta Delgada.
Entre 1998 e 2002 forma-se em Operador Meteorológico na Força Aérea Portuguesa, exercendo funções nas base aéreas de Sintra e Monte Real. Em 2002, integra o Instituto de Meteorologia (actual IPMA), sendo colocado no CMA Flores - aeroporto das Flores. Tira a licenciatura em Ciências Sociais com especialização em Psicologia Social. Entre 2011 e 2013 exerce no CMA Porto - aeroporto Francisco Sá Carneiro. Em simultâneo, frequenta com sucesso os 1º e 2º anos da licenciatura em Direito.
Em fins de 2013 regressa às Flores, exercendo funções no CMA Flores - aeroporto das Flores, como técnico superior na área da Observação em Meteorologia Aeronáutica.
É administrador da página Meteo a Ocidente na rede social Facebook.

Bruno Correia

Nasceu em Santa Cruz das Flores, em 1979. Prossegue os estudos do secundário em S. Miguel onde frequentou, em simultâneo, o Conservatório Regional de Música de Ponta Delgada. Entre 1998 e 2002 forma-se em Operador Meteorológico na Força Aérea Portuguesa, exercendo funções nas base aéreas de Sintra e Monte Real. Em 2002, integra o Instituto de Meteorologia (actual IPMA), sendo colocado no CMA Flores - aeroporto das Flores. Tira a licenciatura em Ciências Sociais com especialização em Psicologia Social. Entre 2011 e 2013 exerce no CMA Porto - aeroporto Francisco Sá Carneiro. Em simultâneo, frequenta com sucesso os 1º e 2º anos da licenciatura em Direito. Em fins de 2013 regressa às Flores, exercendo funções no CMA Flores - aeroporto das Flores, como técnico superior na área da Observação em Meteorologia Aeronáutica. É administrador da página Meteo a Ocidente na rede social Facebook.

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